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Por vezes....
Os dias são como ouro reluzente
alguns como prata brilhante
e por meio aparecem uns diamantes de contraste diferente
mas na maior parte das vezes....
Os dias são metal ferrugento
pedra partida num determinado momento
plástico consumido e largado numa lixeira
presumidamente por estarem interligados
os dias estão longe de serem iguais
de se sentirem em plano de igualdade
e os meus dias morrem lentamente no horizonte
não tão lentamente quando eu penso
porque movem-se extraordináriamente
depressa
em especial os mais valiosos
aqueles que se deseja esquecer tardam em desaparecer
e nunca desaparecem
apesar de estarem á muito passados.
Por vezes.....
recolho amostras das desigualdades diárias
comparo-as para ver se tem o DNA igual
por estranho que pareça os dias em que chovem diamantes
são os mesmo em que chovem pedras envelhecidas
por meio existe aquele dia especial
em que todas as horas são aquecidas
por uma caixa de memória chamada cérebro
onde existem dois compartimentos diferentes
uma para as tais horas aquecidas com boas recordações
outra para as memórias geladas por maus acontecimentos
sem que tal pareça
está tudo interligado por processos que o mais inteligente desconhece
uns chama-lhe fé, outros destino
e tem aqueles que cavam dias para descobrirem
porque é que os dias são tão semelhantes
e ao mesmo tempo tão diferentes
e por instantes......
Vejo o rosto de todas as gentes
vejo os meus dias atrasados
e não evito ter esta sensação de deja-vu
este planeta já rodou tanto desde que nasci
sem que e veja como uma qualquer guru
em qualquer destes dias aprendi
que vivendo na sombra do ouro que nunca possui
na falésia da prata que nunca me encontrou
na montanha de diamantes que nunca vi
revejo-me melhor nos dias ferrugentos
porque foi neles que fui forjado
foi neles que fui criado
e se não tenho medo da solidão
tenho a certeza que nunca estive tão bem aconpanhado
sozinho comigo mesmo
respirando a ferrugem de um metal em final de prazo
sentindo que talvez, mas só talvez
num futuro próximo os meus dias possam ser
o brilho que nunca tiveram
nem que seja mesmo antes de eu morrer
só para sentir o gosto
que por vezes....
Alimenta os sonhos com que se passa por esta vida!
Desde logo, o começo
O
nde me perdi?
penso tantas vezes nos caminhos que trilhei
esmiuço passo a passo
e fico a pensar nos passos que não dei!!
estou arrependido
mas não posso voltar atrás
sinto-me meio perdido
ainda não sei bem do que sou capaz
foram tantas diréções seguidas por mim
umas com alegrias no fim...
outras apenas com a tristeza e a dor
que a solidão não conseguiu compor
faço mea culpa
quando é impossivel voltar a corrigir
foram tantos os passos que quis dar
outros tantos que dei sem pensar
onde me perdi?
algures pelo caminhos
foi largando pedaços de mim
algures...escrevi o meu destino
e agora procuro a pagina final
e não a encontro em lado nenhum
apenas me pergunto:
onde me perdi?
sei que é tarde para me encontrar
tem coisas que não posso concertar
esta terrivel duvida...
que não me larga os pensamentos
"poderia ter feito melhor?"
fica tudo tão relativo
quando não existe termo de comparação
fica tudo tão diminuitivo
quando grande é a vontade!!
fica tudo tão pequeno
quando os dias passam demasiado depressa
e o tempo se escapa por entre os dedos
afinal a vida é apenas uma ilusão
feita á medida de quêm não olha para trás.
Cada Verão que passarmos juntos...
será a inspiração para um poema
não sei francamente quantos poemas escreverei
quantos Verões vamos passar juntos
mas mesmo assim iniciarei...
uma tradição muito intima
com a mulher que toda a vida amarei
em cada Verão colocarei no papel
todo o amor que lhe dedico na vida real
e que me serve de inspiração...
para escrever poemas de amor
um por cada ano, um por cada Verão!!
ainda não sei o que vou escrever
no meio de tanto calor
mas só a felicidade de a ter
vai fazer com que jorrem versos de amor
tenho medo que tanto fogo...
cause incendios e estragos irreparaveis
sei bem o que é estar apaixonado
e caminhar nos andaimes da felicidade
quando o Verão é clonado...
em nenhum dia se faz notar a saudade
pois o que foi escrito naquele Verão juntos
será lido no resto dos nossos dias
de novo...juntos!!
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