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Adriana Lopera, militante bloquista, quer acabar com os piropos e vai levar o tema a debate no encontro do BE
Correio da Manhã – Por que motivo vai hoje debater o tema ‘piropo’ no fórum do BE?
Porque queremos debater a violência contra as mulheres e o direito à liberdade. Achamos importante debater o problema da violência em todas as suas vertentes, incluindo a questão do assédio sexual e do machismo.
Considera, então, os piropos uma forma de assédio sexual...
Sim, assédio sexual consiste tanto em comportamentos e ameaças, como em palavras ou atitudes de caráter sexual. O homem que manda o piropo não se importa nada com a mulher.
Foi dito que queria acabar com este tipo de "assédio" através de legislação, é verdade?
Nós não propomos isso neste debate. O debate baseia-se na sua análise enquanto fator de opressão de um género sobre outro.
Acha que há forma de controlar os piropos?
Claro, lutando contra o mutismo cultural e o silenciamento deste tipo de agressões. Visibilizando a questão e abrindo o debate.
Considera que este tema é relevante, no contexto social e político atual?
Certamente, a opressão de género e a luta pela igualdade é sempre relevante em todos os contextos sociais. Nós estamos empenhadas na construção de uma sociedade onde a igualdade de género seja uma realidade.
Com questões tão importantes para serem debatidas chega uma amraga qualquer armada em intelectual barata e quer discutir os piropos como se desejasse viver num país qualquer onde as mulheres tem que se esconder atrás de trajes abusivos para não serem apreciadas e agraciadas com um piropo que quando feito com educação e moderação pode levantar a auro-estima de qualquer pessoa.
Acho que é muita falta do que fazer e para além disso é olhar para este país e pensar que a quastão central é discutir o piropo.
Por estas e por outras é que as pessoas olham para dirigentes políticos e ficam a pensar:
"São estas pessoas que querem governar Portugal?"
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