
Quando se vai para um evento tem que se ter o cuidado para não estragar este mesmo evento em que alguém é homenageado.
Estava eu a escolher a roupa para ir num evento quando me deparei com estes pensamentos e logo retirei a roupa chique que estava a vestir, guardei os sapatos de verniz brilhante e os botões de punho banhados em prata que o ouro está muito caro e comecei a procurar uma roupa e um calçado mais modesto e cauteloso.
Porque isto de ir aos eventos tem muito que se lhe diga e como convidado torna-se chato ser o centro das atenções quando o anfitrião ou anfitriã é que deve ser o centro das mesmas.
Vesti uns jeans já gastos, calcei uns ténis velhos, vesti uma camisa preta já bem gasta,
coloquei um casaco velho e lá fui eu ao funeral do Zé, por ter estima e consideração por ele achei por bem que ele continuasse a ser o centro das atenções, como amigo tenho o dever de saber que por vezes temos de deixar de pensar em nós para pensarmos nos outros e eu não podia de forma alguma chegar ao funeral do Zé e roubar-lhe toda a atenção que ele merece como anfitrião de um evento que junta os familiares e amigos.
Assim sendo passei o evento todo despercebido, pouca gente reparou em mim, e fiquei muito feliz por o Zé estar a ter a atenção toda embora ele não abrisse a boca para agradecer eu sei que bem lá no fundo ele estava emocionado e agradecido por eu amigo íntimo e honesto não lhe ter roubado o centro das atenções do seu evento, porque sei que o Zé nunca me irá roubar o centro das atenções quando eu organizar um evento igual ao dele e tinha que ter isso em conta.
Saber estar é tudo!!