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Sempre que me vejo num espelho que nunca me viu
não me reconheço e pergunto-me....
Quem me ama agora?
Se só ama quem nunca sentiu
ninguém ouve o que o mundo fala
intorrogo-me....
Será que eu não estou a ficar amnésico?
Onde ficarei?
Se não tenho lugar para ir
será que tenho lugar para ficar?
aperto-me num longo abraço
reconforto-me com palavras que ninguém leu
e quando estou ao sol sei que por ali já choveu
mas não apagou este fogo que se acende dentro de mim
é uma fogueira só!
Não tenho ninguém que me pertença
como não pertenço a ninguém
neste lume brando
a vida não me pede licença
para avançar vertiginosamente
sei que até um tolo consegue entender
porque as flores não florescem
até um cego consegue ver
porque as ilusões não crescem
é tudo construído em cima de um espelho invisível
quando não se tem ninguém o amanha pode ser problemático
apesar que não quero ser enfático
mas no final pergunto-me....
Onde está a minha vida
eu não fiz mudanças para que ela tivesse desaparecido
num mundo onde o amanhã é hoje
sei que corro este perigo
de não me reconhecer em frente do espelho que nunca me viu
de me perder numa vida que nunca foi a minha
só ama quem nunca sentiu
o amanhã encontra-se a caminho
com umas quantas pedras
uns dizem que é o destino
outros que é o poder das esferas
cá para mim....
É tudo uma questão de aconpanhar o espelho
tal qual ele é!!
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