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N
as arenas escondidas
por detrás de um deserto árido
imancipam-se servos
escravizam-se pessoas imaculadas
são realidades hibridas
numa batalha travada num patio
não o das cantigas
mas num patio real
sem o fervor dos elos
é certo
nem o perigo das escarpas....
Jornada vitoriosa
milhões de homens com a febre da sede e da fome
não existe saída airosa
para quem aparece e some
como árvores esculpidas
por exploradores disciplinados
curandeiros que curavam as feridas
de todos os que nasciam condenados
forjados nas arenas incendiárias
em histórias extraordinárias
contos de amor indomáveis
criados por uma mão superior
uns dirão que é mera atracção
outros que é obra de um tal de Senhor
em qualquer dos casos
existem confidências inconfessáveis
dialogos de homens ricos
que condenam homens miseráveis
onde está a mão do tal Senhor nestes momentos?
Todos aqueles que nasceram
sem a marca da riqueza
combateram
e nas arenas escolhidas pelos poucos demais
morreram
sem saberem o quanto foram especiais
porque lhes foi tirado o que tinham
o que poderiam ter
tudo o que um ser humano gostaria de ver
mas é deles a história da imancipação
é deles a força forjada
é deles a vontade temperada
porque são eles quem faz girar o mundo
fora das arenas privadas de um qualquer governador
ou Senhor
fechadas para os olhares exteriores
consumida nos sentimentos interiores
sobre o sangue derramado
do corpo inanimado
é quase como se fosse um jardim do Eden
o jardim encantado
onde o sim
é apenas a vontade de uma pobre velha guitarra
que morreu anónima
na sua arena interior
consumidos os seus medos
morreu nos braços do seu amor
porque a vida
é muito mais do que nos é contado!!
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