O teu corpo salgado
qual fado furtivo
deixa-me abananado
mas sentindo-me vivo
um abraço de confirmação
afinal não é sonho
perdi mesmo a razão
no teu respirar
a tua língua sugando a minha
doce saborear
do menino que agora gatinha
absorvo as tuas temperaturas
através de um viagem sem rumo
agridoces e travessuras
não consigo pensar porque perdi o prumo
embrenhado na minha exploração
bebo dos teus seios empinados
a mágica poção
que me vai levar a outros lados
aporto no teu umbigo
para recuperar o fôlego
que se passa comigo?
Recuso-me a descansar
o teu ventre convida-me
a ir para alto mar
tua vagina abre-se
para eu lá entrar
as tuas pernas em volta dos meus ombros
agarrando-me fortemente
sem que eu precise de ser preso
sem vontade de me libertar
acaricio as tuas coxas torneadas
mergulho nesse vulcão ardente
ocorre-me um pensamento:
"Quem me dera estar aqui para sempre!!"
Sinto os bicos dos teus seios descontrolados
parecem querer sair do corpo
revoltas-te em vários espasmos
desdobro-me nos teus sentidos
enquanto tu perdes os teus
perdida entre orgasmos amigos
que também são meus
são filhos do meu labor
netos da minha vontade
descendentes do meu amor
presentes na tua actualidade
o teu corpo suado
cheiro a flores e mar
com sabor a salgado
tem tudo para continuar
a ser saboreado
num tempo que não para
ele fica parado
quando te saboreio
o tempo é passado
porque o presente chama-se:
AMOR!!