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05
Mai15

Qual seria a relação perfeita?

por chapeusechapeladas

Eu como todos os seres vivos e normais procuro uma relação que seja perfeita e de longa duração, de preferência para o resto da vida.
Pensando nesta bela possibilidade tratei logo de ver qual a mulher que melhor encaixava neste meu desejo e não foi facil num campo de recrutamento cada vez mais vasto, porque todos sabem que existem 7 mulheres para cada homem a mim é que se esqueceram de entregar uma apenas.

Vi milhares de fotos, observei milhares de mulheres e apesar de ter visto muitas mulheres bonitas nenhuma se encaixava no perfil desejado para ter uma relação perfeita.
Confesso que começei a desanimar com o passar dos meses sem que eu encontrasse a minha cara metade de um relacionamento perfeito.
Um dia passei perto de uma prisão feminina e ai bateu uma ideia louca....
E se a minha mulher perfeita estivesse presa e por esse motivo eu não a tivesse visto?

Começei a pesquizar nomes de mulheres presas para poder ir visitar uma com a desculpa que a ia entrevistar.
Foi assim que conheci a Amanda, que estava presa por homicidio qualificado e assalto a mão armada, segundo ela mesma apenas tinha matado o marido, o ex, namorado, o pai e um primo em terceiro grau, além de ter ferido e deixado inválido o seu irmão mais novo.
Éra uma mulher bonita e selvagem e desde logo sentimos uma quimica entre nós e começei a ir visita-la pois todos aqueles que a podiam ir visitar, ou estavam mortos ou inválidos, ou ainda ressentidos com este produto da vida.
Começamos a namorar e eu ia visita-la as terças e domingos que éram os dias em que o podia fazer, tinhamos planos para as visitas conjugais e para que a nossa relação fosse cimentada em cima de coisas palpaveis.
Ela estava condenada a prisão perpétua mas isso éra o menos, ou se calhar seria isso que tornava as coisas mais interessantes.
Normalmente eu como um namorado atencioso a convidava para sair, para ir passear, para ir no cinema, na praia, no teatro, num concerto, numa viagem, coisas que ela declinava e não aceitava.
Ao fazer-se dificil só tinha tornado o meu interesse por ela maior do que ele já era.

Começamos a namorar e já vamos em 20 anos de namoro que foram assinalados com mais uma visita conjugal, onde fodemos tanto e com tanto desejo que as paredes abanaram e julgaram que era um terramoto.
Eu agora tenho 73 anos e ela 55 e temos uma relação perfeita, ela presa e eu em liberdade sem ter quem me foda a paciência, nem quem me obrigue a estar em casa, e a melhor parte é que posso ver pornografia sozinho sem que ninguém me incomode.
Foi dificil mas encontrei o meu destino e a minha cara metade que é isso mesmo, metade da minha vida!!

E vivi feliz para sempre....
 

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